- tostievieiraadv
- 20 de mar.
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Atualizado: 30 de mai.

Recentemente, a Disney saiu vitoriosa em um processo judicial que envolveu o animador Buck Woodall, que alegou que o estúdio havia copiado sua história “Bucky the Surfer Boy” para criar a animação “Moana” (2016). O julgamento ocorreu em um tribunal federal em Los Angeles, onde um júri decidiu que não havia evidências suficientes para apoiar as alegações de Woodall, resultando na rejeição de todas as suas acusações.
Woodall sustentou que havia escrito “Bucky the Surfer Boy” em 2003, uma narrativa que segue as aventuras de um jovem surfista que, durante uma viagem ao Havaí, se une a um grupo de nativos em uma jornada que envolve mitologia polinésia, seres sobrenaturais e viagens no tempo para proteger um território sagrado. Ele alegou que o roteiro foi compartilhado com Jenny Marchick, uma executiva do setor cinematográfico que trabalhava em um estúdio dentro do complexo da Disney. Segundo Woodall, Marchick teria apresentado sua ideia à Disney, levando à produção de “Moana”.
Durante o processo, Marchick negou qualquer envolvimento na apresentação da obra de Woodall à Disney. A equipe legal do estúdio apresentou provas de que não havia tido acesso ao roteiro de Woodall e, além disso, documentos internos demonstraram que o desenvolvimento de “Moana” ocorreu de maneira independente, sem qualquer influência externa.
O júri, após assistir ao filme, concluiu que não havia semelhanças suficientes entre as tramas de “Bucky the Surfer Boy” e “Moana” que caracterizassem plágio. Essa decisão encerrou o caso e isentou a Disney de qualquer indenização. A vitória da Disney foi um forte indicativo de que a criatividade e a originalidade são essenciais na indústria do entretenimento, e que alegações de plágio precisam ser substanciadas por evidências concretas.
Contudo, mesmo após a derrota, Woodall não desistiu. Ele entrou com uma nova ação judicial, alegando que “Moana 2” também utilizou elementos de sua obra. Agora, ele está pedindo uma indenização de impressionantes US$ 10 bilhões. Este novo caso ainda está em análise pela Justiça, e sua evolução poderá trazer mais luz sobre os limites da proteção de propriedade intelectual na indústria criativa.
Como esse caso poderia ter sido diferente se a Disney tivesse perdido?
Se a Disney tivesse perdido o julgamento, o impacto poderia ser significativo, não apenas para a empresa, mas para toda a indústria do entretenimento. Aqui estão algumas possíveis consequências:
Criação de Precedentes Legais: Uma vitória para Woodall poderia ter estabelecido um precedente que tornaria mais fácil para outros criadores reivindicarem plágio em casos similares. Isso poderia resultar em um aumento no número de processos judiciais relacionados à propriedade intelectual, dificultando a inovação e a criatividade dentro da indústria.
Impacto Financeiro: Se a Disney tivesse sido condenada a pagar uma indenização substancial, isso poderia ter levado a uma revisão de orçamento nas produções futuras. A empresa poderia se tornar mais cautelosa em relação ao desenvolvimento de novos projetos, com receio de enfrentar reivindicações de plágio, o que poderia limitar a diversidade de histórias contadas.
Mudanças na Colaboração com Criadores Independentes: A Disney, e outras grandes empresas, poderiam se tornar mais relutantes em colaborar com criadores independentes. O medo de que uma ideia compartilhada pudesse ser interpretada como plágio poderia levar a um ambiente mais fechado e menos colaborativo, prejudicando a inovação.
Aumento da Vigilância sobre Conteúdo: Com a possibilidade de processos judiciais mais frequentes, o setor poderia se tornar excessivamente vigilante em relação ao conteúdo produzido. Isso poderia resultar em uma autocensura, onde os criadores evitariam temas ou narrativas que se assemelhassem a obras existentes, limitando a exploração criativa.
Mudanças nas Estruturas de Propriedade Intelectual: Uma derrota poderia ter impulsionado discussões sobre a necessidade de reformar as leis de propriedade intelectual, buscando um equilíbrio mais justo entre a proteção dos direitos dos criadores e a liberdade de expressão no campo da criatividade.
Este caso nos leva a refletir sobre a importância da proteção de direitos autorais e os desafios enfrentados por criadores em um ambiente onde a originalidade é constantemente questionada. A batalha de Woodall destaca as complexidades do sistema legal em relação à propriedade intelectual e a necessidade de evidências claras para sustentar alegações de plágio. A decisão do júri também reforça a ideia de que a inspiração e a criação são processos intrínsecos ao desenvolvimento de novas histórias, sendo fundamental que os criadores se sintam protegidos ao compartilhar suas ideias no mundo do entretenimento.
Como um advogado pode ajudar a proteger suas ideias?
Registro de Propriedade Intelectual: Um advogado pode orientá-lo sobre como registrar suas obras, seja através de direitos autorais, marcas registradas ou patentes, garantindo que sua propriedade intelectual esteja protegida legalmente.
Consultoria sobre Contratos: Ao compartilhar suas ideias com terceiros, um advogado pode ajudá-lo a redigir contratos que garantam a confidencialidade e protejam seus direitos, evitando que suas ideias sejam utilizadas sem sua permissão.
Análise de Risco: Um advogado pode avaliar as semelhanças entre sua obra e outras já existentes, ajudando a identificar possíveis riscos de plágio e a desenvolver estratégias para minimizá-los.
Defesa de Direitos: Caso você enfrente uma violação de seus direitos autorais, um advogado pode representá-lo legalmente, buscando reparação e defendendo sua obra contra cópias indevidas.
Educação sobre Propriedade Intelectual: Um advogado pode fornecer informações e orientações sobre a legislação relacionada à propriedade intelectual, capacitando você a entender melhor seus direitos e como protegê-los.
Portanto, contar com o suporte de um advogado especializado em propriedade intelectual é essencial para qualquer criador que deseja proteger suas ideias e garantir que seu trabalho seja respeitado e valorizado no mercado.
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